sexta-feira, 6 de maio de 2011

ENCONTRO PROJETO AFRODITE

Olá Meninas,


Hoje vou contar um pouco sobre o encontro que tive no Projeto Afrodite em São Paulo.
Não foi a minha primeira consulta como eu suponha...
Ainda vou passar pela triagem no final do mês.


Lá eu e mais 7 mulheres participamos de uma palestra.
Nesta palestra a médica fez um apanhado geral sobre sexo e sexualidade, mostrou órgãos sexuais internos (tanto o feminino como o masculino) além de mostrar a prótese de uma vagina e a prótese de um pênis.


Falou também sobre vários transtornos sexuais femininos, entre eles: 




Dispareunia  é um transtorno sexual caracterizado pela sensação de dor genital durante o ato sexual. Pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais comum entre as mulheres. A dor geralmente é sentida durante o ato sexual, mas pode ocorrer também antes e depois do intercurso. As mulheres podem descrever a dor como uma sensação superficial, ou até mesmo profunda; e a intensidade pode variar de um leve desconforto até uma forte dor aguda. É mais freqüente do que se pensa, podendo atingir até 50% das mulheres com vida sexual ativa.




Anorgasmia é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse sexual e todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato. Ocorre com freqüência entre as mulheres – estudos indicam que seria entre 50 e 70% dos casos. Ou seja, a mulher aproveita as carícias e se excita, mas algo a bloqueia no momento do orgasmo.
Muitas mulheres negam a ausência do orgasmo como uma forma de defesa. Assim, mentem, fingindo um prazer que não existe. Tal comportamento deve ser repensado, pois ao fingir para si própria, ela está se privando da obtenção de um prazer e da possibilidade de desvendá-lo por completo.
Além disso, a anorgasmia pode trazer conseqüências negativas. A mulher pode adquirir aversão sexual devido a realização de sexo sem prazer, e sem conseguir adequada lubrificação para o ato, pode ocorrer dor na relação.
A mulher não possui, como o homem, um ciclo sexual definido constituído por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. Ela pode ter desejo, mas mesmo assim, não chegar ao orgasmo. Mas, é preciso ressaltar, que a mulher quer ser amparada, acolhida. Dessa forma, o sexo pode satisfazê-la sem que chegue ao orgasmo.




Desejo Sexual Hiperativo  a pessoa espontaneamente apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de freqüência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. 
Engaja-se em atividade masturbatória ou no coito, mesmo sob risco de perder os seus relacionamentos amorosos (busca de alta rotatividade de parceiros) ou a própria saúde (Hepatite B e C, HIV). 




Desejo Sexual Hipoativo o desejo sexual hipoativo é a diminuição ou ausência total de fantasias e de desejo de ter atividade sexual. Simplesmente, a pessoa sente que tanto faz ter sexo ou não, pois não faz falta para si. Há um grande sofrimento por sentir essa desmotivação e pelos problemas que causa a um casal.




Vaginismo que todas nós que participamos do grupo da google (eu e mais 12 mulheres) sabemos bem o que é!
É a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo pênis, dedo, ou espéculo ginecológico ou mesmo um tampão. A mulher não consegue controlar o movimento de contração, apesar de até querer o ato sexual. Há intenso sofrimento. Também podem aparecer sinais de pânico, como náuseas, suor excessivo e falta de ar quando a pessoa tenta enfrentar este medo, aproximando-se de seu parceiro. Mesmo desejando um contato sexual, há falta completa de controle de suas reações físicas de rejeição.

E além destes falou dos transtornos sexuais masculinos:




Ejaculação Precoce (que agora é conhecida como Ejaculação Rápida): 
Não existe um tempo específico antes de ejacular para definir esse problema sexual. A definição está na percepção, tanto sua quanto de sua parceira, de que a ejaculação foi mais rápida do que o esperado, de que não houve controle da ejaculação. As vezes o pênis nem chega a enrijecer, somente o movimento de aproximação e o toque do lençol já termina o que podia ser muito bom e prazeroso. Por vezes, o homem mantém a ereção por alguns minutos, começa a penetrar, mas logo ejacula, ficando insatisfeito e deixando a parceira "na mão". Sentimentos de culpa e ansiedade se tornam uma constante. Dificuldades maiores podem vir em seqüência, como a disfunção erétil (impotência) e a perda de intimidade no casal.




Impotência Sexual ( que agora é conhecida como Disfunção Erétil):
É a incapacidade de obter e manter ereção satisfatória para levar a cabo ato sexual. Disfunção erétil é o termo médico atualmente mais aceito para definir tal condição. É importante reconhecer que a disfunção erétil pode estar presente mesmo quando o desejo e o orgasmo (ejaculação) estejam presentes.




Ejaculação Retardada: 


Que é nada mais que a demora (excessiva) em atingir o orgasmo e ejacular.

Depois que foram apresentados estas disfunções, a médica disse que para as masculinas existe medicamento alopáticos que auxiliam no tratamento...
Entretanto para nós mulheres não existe! o único tratamento é o psicológico.
Este tratamento pode ser individual, pode ser com o parceiro ou em grupo.
Cada caso é um caso, além de ser analisado em seu contexto qual o que melhor se aplica.
Muitas coisas que foram ditas na palestra eu já sabia, mas achei muito interessante este tipo de assunto ser abordado de maneira tão ampla; Percebi que muitas mulheres ao meu redor, sequer sabiam que tais problemas existiam...
A palestra durou uma hora e meia aproximandamente e no final nós nos dirigimos até a recepção para marcarmos a triagem.




A triagem consiste no seguinte:

No dia marcado faremos diversos exames: faremos exames ginecológicos, fisioterápicos, entrevista psicológica, além de dois testes: um que medira nosso grau de depressão (se assim tivermos) e outro que abordará nossa vida sexual com nosso parceiro.
Além destes exames laboratoriais (sangue e outros).
Após esta triagem haverá uma reunião com a junta médica e eles juntos decidirão qual ou quais os tratamentos mais adequados para cada uma de nós.
E ai sim começaremos o tratamento propriamente dito.
No final da palestra, eu  conversei em particular com a médica e disse que tenho vaginismo e expliquei brevemente a minha situação, falei que tenho pânico de qualquer tipo de exame e que o ginecológico talvez eu consiga fazer, mas os outros assim tão rápido acredito que não!
Ela colocou uma observação em minha ficha e vamos ver como será no dia da triagem.
Fiquei muito animada com tudo que vi e ouvi! acredito que o processo seja lento, mas que realmente valha a pena.
O fato deles serem referência para mulheres vagínicas  me deixou muito segura.
É isso meninas, agora é aguardar até o dia 24/05/2011 e continuar por aqui correndo atrás de informações, com o nosso grupo de debate e com o envio das cópias dos livro (Quando o corpo da mulher diz não ao sexo) para continuarmos nossa leitura. 
Parabéns Maria pela consulta também! que possamos nos libertar desta condição em breve.
E a todas que estão se tratando, ou procurando tratamento...boa sorte! que Deus abençõe cada uma de vocês!!!

Beijos.




  







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